MACUNAIMA
Um dos romances mais importantes
da primeira fase do modernismo brasileiro
Foi lançado em 1928
RESUMO DO LIVRO
Macunaíma nasce e já manifesta sua principal característica: a preguiça.
O herói vive às margens do mítico rio Uraricoera com sua mãe e seus irmãos,
Maanape e Jiguê, numa tribo amazônica. Após a morte da mãe, os três irmãos
partem em busca de aventuras. Macunaíma encontra Ci, Mãe do Mato, rainha das
Icamiabas. Depois de dominá-la, com a ajuda dos irmãos, faz dela sua mulher,
tonando-se assim imperador do Mato Virgem.
O herói tem um filho com Ci e esse morre, ela morre também e é
transformada em estrela. Antes de morrer dá a Macunaíma um amuleto, a
muiraquitã (pedra verde em forma de sáurio), que ele perde e que vai parar nas
mãos do mascate peruano Venceslau Pietro Pietra, o gigante Piaimã, comedor de
gente. Como o gigante mora em São Paulo, Macunaíma e seus irmãos vão para lá,
na tentativa de recuperar a muiraquitã.
Após falhar com o plano de se vestir de francesa para seduzir o gigante
e recuperar a pedra, Macunaíma foge para o Rio de janeiro. Lá encontra Vei, a
deusa sol, e promete casamento a uma de suas filhas, mas namora uma portuguesa
e enfurece a deusa. Depois de muitas aventuras por todo o Brasil na tentativa
de reaver a sua pedra, o herói a resgata e regressa para a sua tribo.
Ao fim da narrativa,
vem a vingança de Vei: ela manda um forte calor, que estimula a sensualidade do
herói e o lança nos braços de uma uiara traiçoeira, que o mutila e faz com que
ele perca de novo – dessa vez irremediavelmente – a muiraquitã. Cansado de
tudo, Macunaíma vai para o céu transformado na Constelação da Ursa Maior.
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AUTOR
Mário de Andrade foi a figura central do movimento modernista que culminou na Semana de Arte Moderna de 1922. O escritor foi um dos integrantes do “Grupo dos Cinco”, que deu início ao modernismo no Brasil, formado também por Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Menotti Del Picchia.
IMPORTÂNCIA DO LIVRO
Utiliza provérbios do povo brasileiro aproximando a língua escrita ao modo de falar.
Apresenta humor e criatividade.
Possui estrutura inovadora, não seguindo uma ordem cronológica e
espacial.
Busca uma
valorização da cultura nacional.
Macunaíma é a melhor representação das
propostas do Movimento da Antropofagia (1928), iniciado por Oswald de Andrade
O Movimento Antropofágico tinha como pretensão
aproveitar as qualidades de outras culturas, mas transformá-las em algo
verdadeiramente nacional.
Descentralização da cultura - os
motivos indígenas, folclóricos, nativos e americanos, contra a inspiração nos
temas europeus.
Macunaíma também apresenta a “descentralização
da cultura” na língua, ilustrando "o vocabulário regional de todos os
pontos do Brasil" com suas frases feitas e provérbios de propriedade
coletiva. Um dos principais valores do livro é essa mistura linguística.
Para escrever o livro
o autor pesquisou sobre as lendas e mitos indígenas, pois está presente na obra
a linguagem popular e oral de várias regiões do país. Mario de Andrade o chamou
de rapsódia
PERSONAGENS
Macunaíma: é o protagonista do
livro, "o herói sem nenhum caráter" e preguiçoso. Vive numa tribo na
Amazônia e assume diversas faces. Ao mergulhar num poço encantado se transforma
em um homem branco, loiro e de olhos azuis.
Maanape: um dos irmãos de
Macunaíma. Simboliza a figura do negro.
Jiguê: um dos irmãos de
Macunaíma. Simboliza a figura do índio.
Sofará: mulher de Jiguê.
Era bem moça, apanhava de Jiguê por ficar “brincando” na mata com Macunaíma
enquanto devia trabalhar.
Iriqui: nova mulher de
Jiguê. Era linda, mas também foi deixada por Jiguê quando este descobriu que
ela também “brincava” com Macunaíma.
Ci: é a responsável
pela peregrinação de Macunaíma, já que foi ela quem lhe deu a pedra Muiraquitã.
Ela foi o verdadeiro amor de Macunaíma.
Capei: uma grande cobra
que Macuína teve que enfrentar.
Piaimã: é o gigante que roubou a muiraquitã de
Macunaíma. Torna-se a principal oposição do herói e motivo pelo qual ele parte
em sua jornada para São Paulo. No final, o herói mata Piaimã e toma de volta a
pedra
Vei: é a representação
do sol, apesar de ser mulher. Tem duas filhas e quer que Macunaíma se case com
uma delas. Porém Macunaíma não fica com nenhuma de suas filhas.
Ceiuci: mulher do gigante. Era gulosa e já
tentou devorar Macunaíma.
RAPSÓDIA
Nome que na música significa composição
que envolve uma variedade de motivos populares.
CARACTERÍSTICAS DA OBRA MACUNAÍMA
Vocábulos indígenas e africanos
Gírias
Provérbios
Ditados populares
Modismos
Anedotas da história brasileira
Erotismo
O fantástico se confunde com o real
Superstições
Aspectos da vida urbana e rural do Brasil
Frases de Macunaima
“O sol esfiapando por entre a folhagem”
“ No pino do dia”
“Quem quer cavalo sem tacha anda de
a-pé...”
“E o silêncio alargando tudo...”
“Pouca saúde e muita saúva, os males do
Brasil são!”
“É São Paulo construída sobre sete
colinas (,,,) e beija-lhe os pés a grácil (...) linfa do Tietê”
“No céu escampado da noite não tive uma
núvem “
“Gato miador pouco caçador”