sábado, 31 de agosto de 2019

HENRIQUETA GALENO (23/02/1887-10/09/1964



Escritora cearense, filha do escritor Juvenal Galeno, criador da poesia popular brasileira.

Segunda mulher a se diplomar em Direito no Ceará e a entrar na  Academia  Cearense de Letras.

Rabiscava versos quando criança. Culta e letrada tinha uma postura avançada para a época. Escrevia e participava de reuniões com o pai e outros escritores em movimentos literários da época na capital do Ceará.

Escreveu poesias, crônicas, prosa e artigos para jornais. Escreveu a  obra Mulheres admiráveis,  sobre mulheres que haviam se destacado na história do ceará.

Em 1919 seu pai fica cego e ela cria a Casa de Juvenal Galeno no centro de Fortaleza que virou ponto de intelectuais como Jáder de Carvalho e Rachel de Queiroz, além de centro literário. Foi durante muito tempo secretária de seu pai escrevendo versos que ele ditava de sua rede.

Sofreu preconceitos mas abriu caminhos para o desenvolvimento literário do Ceará estimulando jovens escritores ao promover conferências.

Promoveu  e divulgou novos escritores da ala feminina  ao criar a Editora Henriqueta Galeno onde foi publicados mais de cem livros, dentre eles Mulheres do Brasil de autoria da Ala Feminina de Juvenal Galeno.

Em 1933 representou o Ceará no "Primeiro Congresso Feminista do Brasil". Neste congresso as mulheres reinvidicavam o direito de voto e igualdade dos salários, além de trabalhar nas repartições públicas.

A Casa de Juvenal Galeno ainda hoje é ponto de referência para a literatur cearense.

É base para academias como:
Academia Cearense de Língua Portuguesa;
Academia de Retórica;
Academia Feminina de Letras.


"Por muito tempo contive a respiração
que  de continuo me impelia
Em surtos de beleza e emoção
Para o caminho iluminado da poesia..."