segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

MACUNAÍMA

MACUNAIMA


Um dos romances mais importantes
da primeira fase do modernismo brasileiro
Foi lançado em 1928

RESUMO DO  LIVRO

Macunaíma nasce e já manifesta sua principal característica: a preguiça. O herói vive às margens do mítico rio Uraricoera com sua mãe e seus irmãos, Maanape e Jiguê, numa tribo amazônica. Após a morte da mãe, os três irmãos partem em busca de aventuras. Macunaíma encontra Ci, Mãe do Mato, rainha das Icamiabas. Depois de dominá-la, com a ajuda dos irmãos, faz dela sua mulher, tonando-se assim imperador do Mato Virgem.  
O herói tem um filho com Ci e esse morre, ela morre também e é transformada em estrela. Antes de morrer dá a Macunaíma um amuleto, a muiraquitã (pedra verde em forma de sáurio), que ele perde e que vai parar nas mãos do mascate peruano Venceslau Pietro Pietra, o gigante Piaimã, comedor de gente. Como o gigante mora em São Paulo, Macunaíma e seus irmãos vão para lá, na tentativa de recuperar a muiraquitã. 
Após falhar com o plano de se vestir de francesa para seduzir o gigante e recuperar a pedra, Macunaíma foge para o Rio de janeiro. Lá encontra Vei, a deusa sol, e promete casamento a uma de suas filhas, mas namora uma portuguesa e enfurece a deusa. Depois de muitas aventuras por todo o Brasil na tentativa de reaver a sua pedra, o herói a resgata e regressa para a sua tribo. 
Ao fim da narrativa, vem a vingança de Vei: ela manda um forte calor, que estimula a sensualidade do herói e o lança nos braços de uma uiara traiçoeira, que o mutila e faz com que ele perca de novo – dessa vez irremediavelmente – a muiraquitã. Cansado de tudo, Macunaíma vai para o céu transformado na Constelação da Ursa Maior.

http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/macunaima.html
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AUTOR

Mário de Andrade foi a figura central do movimento modernista que culminou na Semana de Arte Moderna de 1922. O escritor foi um dos integrantes do “Grupo dos Cinco”, que deu início ao modernismo no Brasil, formado também por Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Menotti Del Picchia.



IMPORTÂNCIA DO LIVRO

Utiliza provérbios do povo brasileiro aproximando a língua escrita ao modo de falar.

Apresenta humor e criatividade.

Possui estrutura inovadora, não seguindo uma ordem cronológica e espacial.

Busca uma valorização da cultura nacional.

 Macunaíma é a melhor representação das propostas do Movimento da Antropofagia (1928), iniciado por Oswald de Andrade

 O Movimento Antropofágico tinha como pretensão aproveitar as qualidades de outras culturas, mas transformá-las em algo verdadeiramente nacional.

Descentralização da cultura - os motivos indígenas, folclóricos, nativos e americanos, contra a inspiração nos temas europeus.
 Macunaíma também apresenta a “descentralização da cultura” na língua, ilustrando "o vocabulário regional de todos os pontos do Brasil" com suas frases feitas e provérbios de propriedade coletiva. Um dos principais valores do livro é essa mistura linguística.
Para escrever o livro o autor pesquisou sobre as lendas e mitos indígenas, pois está presente na obra a linguagem popular e oral de várias regiões do país. Mario de Andrade o chamou de rapsódia



PERSONAGENS

Macunaíma: é o protagonista do livro, "o herói sem nenhum caráter" e preguiçoso. Vive numa tribo na Amazônia e assume diversas faces. Ao mergulhar num poço encantado se transforma em um homem branco, loiro e de olhos azuis.

Maanape: um dos irmãos de Macunaíma. Simboliza a figura do negro.  

Jiguê: um dos irmãos de Macunaíma. Simboliza a figura do índio. 

Sofará: mulher de Jiguê. Era bem moça, apanhava de Jiguê por ficar “brincando” na mata com Macunaíma enquanto devia trabalhar. 

Iriqui: nova mulher de Jiguê. Era linda, mas também foi deixada por Jiguê quando este descobriu que ela também “brincava” com Macunaíma.  

Ci: é a responsável pela peregrinação de Macunaíma, já que foi ela quem lhe deu a pedra Muiraquitã. Ela foi o verdadeiro amor de Macunaíma. 

Capei: uma grande cobra que Macuína teve que enfrentar. 

 Piaimã: é o gigante que roubou a muiraquitã de Macunaíma. Torna-se a principal oposição do herói e motivo pelo qual ele parte em sua jornada para São Paulo. No final, o herói mata Piaimã e toma de volta a pedra

Vei: é a representação do sol, apesar de ser mulher. Tem duas filhas e quer que Macunaíma se case com uma delas. Porém Macunaíma não fica com nenhuma de suas filhas.

Ceiuci: mulher do gigante. Era gulosa e já tentou devorar Macunaíma.



RAPSÓDIA
 Nome que na música significa composição que envolve uma variedade de motivos populares.





CARACTERÍSTICAS DA OBRA MACUNAÍMA

Vocábulos indígenas e africanos
Gírias
Provérbios
Ditados populares
Modismos
Anedotas da história brasileira
Erotismo
O fantástico se confunde com o real
Superstições
Aspectos da vida urbana e rural do Brasil
Surrealismo  (expressão artística acessível)



Frases de Macunaima

“O sol esfiapando por entre a folhagem”

“ No pino do dia”

“Quem quer cavalo sem tacha anda de a-pé...”

“E o silêncio alargando tudo...”

“Pouca saúde e muita saúva, os males do Brasil são!”

“É São Paulo construída sobre sete colinas (,,,) e beija-lhe os pés a grácil (...) linfa do Tietê”
                             
“No céu escampado da noite não tive uma núvem “
“Gato miador pouco caçador”

“Canudo que teve pimenta guarda o ardume”

A casa de Mário de Andrade
https://vimeo.com/73811716