MEADOS
DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO SÉCULO XX
FASE
IMITATIVA
Reflete a realidade social e os papéis estabelecidos
às mulheres através de uma imitação e da internalização dos valores e padrões
vigentes pelo poder inscrito na concepção machista da sociedade da época.
As obras
representam:
1) mulheres submissas ao poder patriarcal de pais e
maridos;
2) mulheres que encontram sua realização no
casamento e na maternidade.
Ex.: Úrsula (1859) de Maria Firmina;
Dedicação de uma amiga (1850) de Nísia
Floresta;
A falência (1902) e A Intrusa (1908) – de Júlia Lopes de Almeida;
A Sucessora (1934) – de Carolina
Nabuco.
FASE
FEMINISTA OU REBELDE
Protesto contra os valores e padrões vigentes na
sociedade e por uma luta pelos direitos das minorias.
Clarice Lispector; Lygia Fagundes Telles; Lya Lufty;
Marina Colasanti; Nélida Piñon; Rachel de Queiroz; Ana Maria Machado; Adélia
Prado.
AUTODESCOBERTA
(a PARTIR DE 1990)
Busca de uma identidade própria, de uma escrita e de
uma representação mais autêntica e livre.
Adélia Prado;
Nélida Piñon;
Lya Luft;
Patricia Melo;
Alice Ruiz.
ROMANTISMO
Maria
Firmina dos Reis
(São Luís, 1825- Guimarães, 1917)
Primeira romancista brasileira. Escreveu o primeiro romance abolicionista brasileiro.
Era pobre, mulata, solteira e primeira professora primária concursada no
Maranhão.
Escreveu o primeiro diário de mulher que se tem
notícia.
AUTOBIOGRAFIA
E MEMÓRIAS
Júlia Lopes Almeida (Rio de Janeiro, 1862-1934).
Escreveu obras em diversos gêneros: do teatro ao
romance.
Correio
da roça (1913) – romance epistolar.
SENTIMENTALISMO
MÍSTICO
Cecília Meireles;
Henriqueta Lisboa – modernista e lírica;
Adélia Prado – misticismo católico.
EROTISMO
Gilca Machado (Rio de Janeiro, 1893-1980)
Sofreu preconceito da crítica por ter expressado na
sua poesia a linguagem do sentimento e do corpo.
Cristais
partidos (1917) – tema subjetivo e erótico.
Permaneceu ligada ao parnasianismo.
Carmem Dolores (Rio de Janeiro, 1852-1910)
Gradações
(contos) – 1987;
Maria Benedita Bormann (Porto Alegre)
Escreveu Celeste
(1893) sob o pseudônimo de Délia.
INDIANISMO
Maria Firmina dos Reis – escreveu o conto
abolicionista “O Escravo” no Seminário
Maranhense, 1870);
ENGAJAMENTO POLÍTICO
Maria Firmina dos Reis
Cantos
(1872) – poemas patrióticos sobre soldados retornados da Guerra do Paraguai.
Patricia Galvão (Pagu) – Parque Industrial (1933), de feitio comunista.
Rachel de Queiroz
- relata os problemas e situação de pobreza dos emigrantes da seca do
povo interiorano para a capital.
O
Quinze;
REVOLUÇÃO
DA LINGUAGEM POÉTICA
Clarice Lispector; Nélida Piñon; Lygia Fagundes
Telles; Ana Cristina Cesar (Rio de Janeiro, 1952-1983).
CONTEMPORÂNEAS
Buscam encontrar na tragédia individual urbana, uma
leitura do imaginário feminino – suas crises existenciais, sua insegurança
social, psicológica e financeira, seus traços de diferença com relação ao
patriarcalismo e a ordem estabelecida.
Lygia Fagundes Telles; Heloísa maranhão; Nélida
Piñon, lya Luft, etc.
Inauguro linhagens, fundo reinos
- dor não é amargura.
[...]
Mulher é desdobrável. Eu sou.”
Adélia Prado
“E ela não passava de uma mulher... inconstante e
borboleta”
Clarice Lispector
“Toda mulher leva um sorriso no rosto e mil segredos
no coração”
Clarice Lispector
Aqueles que acreditam
Caminham para a frente
[...]
Aqueles que duvidam
Põem pedras e tropeços.
Cora Coralina (Vintém de Cobre)
Faz de tua vida mesquinha
Um poema
E viverás[...]
Na memória das gerações que hão
De vir
Cora Coralina