quarta-feira, 22 de abril de 2015

LITERATURA DE SÃO PAULO


 LITERATURA DE SÃO PAULO

Século XVI
Chegada dos missionários da Cia de Jesus conhecidos como jesuitas.
 Escreviam relatórios à coroa portuguesa sobre as terras recém encontradas e sobre os povos nativos compondo poesias e músicas para o catecismo.

Padres jesuítas considerados fundadores da capital paulista
Manuel da Nóbrega
José de Anchieta

Romantismo
Século XIX  (Pequena Província )
Congrega grupo de escritores estudantes da faculdade de Direito que começam a retratar a cidade:

Álvares de Azevedo (1831-1852) fase ultra romântica
Castro Alves  (1847-187);
José de Alencar (1829-1877)

Góticos
Grupo de artistas seguem as idéias do escritor Lord Byron (1788-1824) e criam o grupo dos Byronianos que se reúnem em cemitérios para discutir literatura e exaltar a morte.
Bernardo Guimarães (1825-1884);
Francisco Otaviano (1825-1889);

Escritores antiabolicionistas (pós-romântico)
Luiz Gama (1831-1882) – fundador do primeiro jornal humorístico de São Paulo Diabo coxo;
Raul Pompéia (1863-1895)

Século XX
São Paulo começa a se formar como metrópole com o poder econômico do café e a crescente industrialização. A cidade se torna o centro de uma manifestação literária: Modernismo. Semana de 22 no Teatro Municipal. A partir daí a cidade passa a ter nova representação na cena cultural do país.
Figuras de destaque: Mário de Andrade (1893-1945) e Oswald de Andrade (1890-1954)


Início do Século XX
Projeção nacional com o Movimento Modernista Brasileiro – Semana de Arte Moderna em 1922.
Mário de Andrade – Paulicéia desvairada (poema urbano) estabelece o movimento moderno no Brasil.
                                    Macunaíma – aborda o folclore brasileiro. Ápice da prosa nacionalista através da criação de um anti-herói nacional.
                                    Meditação sobre o Rio Tietê.

Poesia experimental de Oswald de Andrade
Prosa de vanguarda – Serafim Ponte Grande (1933) – romance;

Concretismo
Movimento de vanguarda do pós-guerra no Brasil que se  espalha a partir de São Paulo com o grupo da Revista Nolgandres, criada pelos irmãos Haroldo (1931-2003), Augusto de Campos (1931-) e Décio Pignatari. Seu objetivo:acabar com a distinção entre forma e conteúdo e criar uma nova linguagem.
1960 – Cenário de diversas obras
Romances policiais: Rubem Fonseca e Marcos Rey;
Roberto Piva - poemas descrevem as ruas soturnas do centro, com personagens excluídas da sociedade – usuários de drogas, homossexuais, criminosos e boêmios.
Tony Belloto;
Bernardo Carvalho;
  
1970
Literatura realista urbana impulsionada pelo momento político, pela segregação social, pela violência.
João Antonio (1937-1996);
Ivan Ângelo (1936-2014)
Inácio de Loyola Brandão (1936);

Anos 1990 (Realismo urbano e suburbano)
Fernando Bonassi (1962)  - 100  histórias colhidas na Rua
Marçal Aquino (1958);
Trazem para a cena literária as tensões sociais da metrópole.

Rappers e autores da periferia como Ferrez (1975) e Jocenir (1951) fazem arte com a linguagem coloquial dos subúrbios. Escrita  representa a realidade urbana.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

Século XXI
Cenário do romance Eles eram muito cavalos (Luiz Ruffato), ganhador do troféu APCA. Aborda o dia a dia da cidade, a partir das histórias individuais de seus moradores.


Fonte: wikipédia




Paulo Bomfim


Poeta brasileiro,  membro da Academia Paulista de Letras e Príncipe dos Poetas Brasileiros.
Seu primeiro livro de poemas, Antônio Triste, lançado em 1946, com ilustrações de Tarsila do Amaral, recebeu o Prêmio Olavo Bilac, concedido pela Academia Brasileira de Letras, em 1947.
Foi presidente do Conselho Estadual de Cultura de São Paulo.

Obras literárias

  • Antônio Triste, 1946
  • Transfiguração, 1951
  • Relógio de Sol, 1952
  • Cantiga de Desencontro,
  • Poema do Silêncio,
  • Sinfonia Branca, 1954
  • Armorial, 1956
  • Quinze Anos de Poesia e Poema da Descoberta, 1958
  • Sonetos e O Colecionador de Minutos, 1959
  • Ramo de Rumos, 1961;
  • Antologia Poética, 1962;
  • Sonetos da Vida e da Morte, 1963.
  • Tempo Reverso, 1964;
  • Canções, 1966;
  • Calendário, 1968;
  • Poemas Escolhidos, 1974;
  • Praia de Sonetos, 1981;
  • Sonetos do Caminho, 1983;
  • Súdito da Noite, 1992.
  • Aquele menino (2000).
  • O Caminhoneiro (2000).
  • Tecido de lembranças (2004).
  • Janeiros de meu São Paulo (2006)
  • O Colecionador de minutos (2006).

Fonte: MENEZES, Raimundo de. Dicionário literário brasileiro. 2ª ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978.


Wikipedia


SONETO I -(Transfiguração – 1951)


Venho de longe, trago o pensamento
Banhado em velhos sais e maresias;
Arrasto velas rotas pelo vento
E mastros carregados de agonias.
Provenho desses mares esquecidos
Nos roteiros de há muito abandonados
E trago na retina diluídos
Os misteriosos portos não tocados.
Retenho dentro da alma, preso à quilha,
Todo um mar de sargaços e de vozes,
E ainda procuro no horizonte a ilha
Onde sonham morrer os albatrozes...
Venho de longe a contornar a esmo
O cabo das tormentas de mim mesmo.

SONETO V - (Sonetos da Vida e Da Morte – 1963)

Toma de minhas fibras mais secretas,
De meus cansaços, de meus desatinos,
E tece teu bordado de destinos,
Tuas tapeçarias tão inquietas

Como falcões nascidos de poetas.
Toma de mim, dos nervos assassinos,
Do marulhar ternura, dos felinos
Momentos que caminham para as setas.

A manhã vem surgindo, olhos de caça
Bebem no tanque rubro do horizonte.
Célere a vida pára e depois passa.

Toma de mim agora que contemplo
Tuas pupilas, fere-me, sou fonte,
Sobre as pedras saciadas do teu templo