LITERATURA DE SÃO PAULO
Século XVI
Chegada
dos missionários da Cia de Jesus conhecidos como jesuitas.
Escreviam relatórios
à coroa portuguesa sobre as terras recém encontradas e sobre os povos nativos
compondo poesias e músicas para o catecismo.
Padres jesuítas considerados fundadores da capital paulista
Manuel
da Nóbrega
José
de Anchieta
Romantismo
Século XIX (Pequena
Província )
Congrega
grupo de escritores estudantes da faculdade de Direito que começam a retratar a
cidade:
Álvares
de Azevedo (1831-1852) fase ultra romântica
Castro
Alves (1847-187);
José
de Alencar (1829-1877)
Góticos
Grupo
de artistas seguem as idéias do escritor Lord Byron (1788-1824) e criam o grupo
dos Byronianos que se reúnem em cemitérios para discutir literatura e exaltar a
morte.
Bernardo
Guimarães (1825-1884);
Francisco
Otaviano (1825-1889);
Escritores antiabolicionistas (pós-romântico)
Luiz
Gama (1831-1882) – fundador do primeiro jornal humorístico de São Paulo Diabo coxo;
Raul
Pompéia (1863-1895)
Século XX
São
Paulo começa a se formar como metrópole com o poder econômico do café e a
crescente industrialização. A cidade se torna o centro de uma manifestação literária: Modernismo. Semana de 22 no Teatro Municipal. A partir daí a
cidade passa a ter nova representação na cena cultural do país.
Figuras
de destaque: Mário de Andrade (1893-1945) e Oswald de Andrade (1890-1954)
Início do Século XX
Projeção
nacional com o Movimento Modernista Brasileiro – Semana de Arte Moderna
em 1922.
Mário de Andrade – Paulicéia desvairada (poema urbano)
estabelece o movimento moderno no Brasil.
Macunaíma – aborda o folclore
brasileiro. Ápice da prosa nacionalista através da criação de um anti-herói
nacional.
Meditação
sobre o Rio Tietê.
Poesia
experimental de Oswald de Andrade
Prosa de vanguarda – Serafim Ponte Grande (1933) – romance;
Concretismo
Movimento de vanguarda do pós-guerra no
Brasil que se espalha a partir de São
Paulo com o grupo da Revista Nolgandres,
criada pelos irmãos Haroldo (1931-2003), Augusto de Campos (1931-) e Décio
Pignatari. Seu objetivo:acabar com a distinção entre forma e conteúdo e criar uma nova
linguagem.
1960
– Cenário de diversas obras
Romances
policiais: Rubem Fonseca e Marcos Rey;
Roberto
Piva - poemas descrevem as ruas soturnas do centro, com personagens excluídas
da sociedade – usuários de drogas, homossexuais, criminosos e boêmios.
Tony
Belloto;
Bernardo
Carvalho;
1970
Literatura
realista urbana impulsionada pelo momento político, pela segregação social,
pela violência.
João Antonio (1937-1996);
Ivan Ângelo (1936-2014)
Inácio de Loyola Brandão (1936);
Anos
1990 (Realismo urbano e suburbano)
Fernando Bonassi (1962) - 100
histórias colhidas na Rua
Marçal Aquino (1958);
Trazem para a cena literária as
tensões sociais da metrópole.
Rappers e autores da periferia como
Ferrez (1975) e Jocenir (1951) fazem arte com a linguagem coloquial dos
subúrbios. Escrita representa a realidade urbana.
Século
XXI
Cenário do romance Eles eram muito
cavalos (Luiz Ruffato), ganhador do troféu APCA. Aborda o dia a dia da cidade,
a partir das histórias individuais de seus moradores.
Fonte: wikipédia
Paulo Bomfim
(São Paulo, 30 de
setembro de 1926
-)
Poeta brasileiro, membro da Academia Paulista de Letras e Príncipe dos Poetas Brasileiros.
Seu primeiro livro de poemas, Antônio
Triste, lançado em 1946, com ilustrações de Tarsila do Amaral,
recebeu o Prêmio Olavo Bilac,
concedido pela Academia Brasileira de Letras, em 1947.
Foi presidente do Conselho Estadual de Cultura de São Paulo.
Obras literárias
- Antônio Triste, 1946
- Transfiguração, 1951
- Relógio de Sol, 1952
- Cantiga de Desencontro,
- Poema do Silêncio,
- Sinfonia Branca, 1954
- Armorial, 1956
- Quinze Anos de Poesia e Poema da
Descoberta, 1958
- Sonetos e O Colecionador de Minutos, 1959
- Ramo de Rumos,
1961;
- Antologia Poética, 1962;
- Sonetos da Vida e da Morte, 1963.
- Tempo Reverso, 1964;
- Canções,
1966;
- Calendário,
1968;
- Poemas Escolhidos, 1974;
- Praia de Sonetos, 1981;
- Sonetos do Caminho, 1983;
- Súdito da Noite,
1992.
- Aquele
menino (2000).
- O
Caminhoneiro (2000).
- Tecido
de lembranças (2004).
- Janeiros
de meu São Paulo (2006)
- O
Colecionador de minutos (2006).
Fonte: MENEZES, Raimundo de. Dicionário
literário brasileiro. 2ª ed. Rio de Janeiro:
Livros Técnicos e Científicos, 1978.
Wikipedia
SONETO I -(Transfiguração – 1951)
Venho de longe, trago o pensamento
Banhado em velhos sais e maresias;
Arrasto velas rotas pelo vento
E mastros carregados de agonias.
Provenho desses mares esquecidos
Nos roteiros de há muito abandonados
E trago na retina diluídos
Os misteriosos portos não tocados.
Retenho dentro da alma, preso à quilha,
Todo um mar de sargaços e de vozes,
E ainda procuro no horizonte a ilha
Onde sonham morrer os albatrozes...
Venho de longe a contornar a esmo
O cabo das tormentas de mim mesmo.
Venho de longe, trago o pensamento
Banhado em velhos sais e maresias;
Arrasto velas rotas pelo vento
E mastros carregados de agonias.
Provenho desses mares esquecidos
Nos roteiros de há muito abandonados
E trago na retina diluídos
Os misteriosos portos não tocados.
Retenho dentro da alma, preso à quilha,
Todo um mar de sargaços e de vozes,
E ainda procuro no horizonte a ilha
Onde sonham morrer os albatrozes...
Venho de longe a contornar a esmo
O cabo das tormentas de mim mesmo.
SONETO V - (Sonetos da Vida e Da
Morte – 1963)
Toma de minhas fibras mais secretas,
De meus cansaços, de meus desatinos,
E tece teu bordado de destinos,
Tuas tapeçarias tão inquietas
Como falcões nascidos de poetas.
Toma de mim, dos nervos assassinos,
Do marulhar ternura, dos felinos
Momentos que caminham para as setas.
A manhã vem surgindo, olhos de caça
Bebem no tanque rubro do horizonte.
Célere a vida pára e depois passa.
Toma de mim agora que contemplo
Tuas pupilas, fere-me, sou fonte,
Sobre as pedras saciadas do teu templo
Toma de minhas fibras mais secretas,
De meus cansaços, de meus desatinos,
E tece teu bordado de destinos,
Tuas tapeçarias tão inquietas
Como falcões nascidos de poetas.
Toma de mim, dos nervos assassinos,
Do marulhar ternura, dos felinos
Momentos que caminham para as setas.
A manhã vem surgindo, olhos de caça
Bebem no tanque rubro do horizonte.
Célere a vida pára e depois passa.
Toma de mim agora que contemplo
Tuas pupilas, fere-me, sou fonte,
Sobre as pedras saciadas do teu templo