domingo, 14 de abril de 2013

GÊNERO DIÁRIO OU CONFESSIONAL

A prática de registros cotidianos em um suporte existe desde a antiguidade.
Fortalece a partir do século XVIII como gênero confessional ou literatura íntima e afirma-se no século XIX.

Precursor: desenhos nas cavernas.
Antiguidade
51 a. C. De Bello Gallico - Júlio César;
794 -1185 (Japão) - Na corte de Heian surge o modelo tradicional: Diário de Sei Shonagon. É considerado o retrato desse período.

1580 - Ensaios - Montaigne;
Sobre Montaigne

Século XIX
Segundo Cinthia Gannett  o diário era um gênero masculino. São considerados os mais importantes e os mais preservados. Tratava de estórias de exploração, de política, de guerras, de escritores famosos ou personagens históricos.

Os diários de mulheres editados eram de mulheres famosas ou parentes de homens célebres.
Ex: Os diários de Maria Bonaparte.


Novo diário do Séc. XX (Século das memórias).

Minha vida de menina de Helena Morley.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Minha_Vida_de_Menina

Trailler do filme Vida de menina
O diário da escritora Virginia Wolf; o da escritora Sylvia Plath: os de frida Kahlo e o de Carolina de Jesus (Quarto de despejo).
Quarto de despejo teve oito impressões só em 1960.
Teve 70.000 exemplares vendidos;
Traduzido para 14 idiomas.
Este livro inspirou o filme Preciosa cotado ao Oscar .
http://www.youtube.com/watch?v=yg0XT6-rnQs

Diários famosos:
O Diário de Anne Frank.

O diário da artista Andy Wartrol ditado por Hackett que é a  base de The Andy Warhol Diaries (póstumo)

Segundo pesquisadores os diários das mulheres brancas são introspectivos, enquanto os das mulheres negras falam da raça e luta pela sobrevivência.

Diário como prática educativa
A tarefa de escrever sobre si mesmo era incentivada por pais e professores conscientes das possibilidades que esse tipo de escrita revelava enquanro forma de sistematização do pensamento e exercício da escrita. (Marcio Couto Henrique; Sara da Silva Suliman)

Diferença entre autobiografia, memória e Diário.
Autobiografia - maior liberdade imagintaiva. Tira do mundo sua própria história;
Memória - relato da própria vida (trata do eu. Tira do passado uma leitura do mundo. Busca da recordação.
Diário - confissões, diário dos fatos voltado para o eu à medida que os fatos vão acontecendo - retorno a um pasado recém acabado, presença do cotidiano, relato datado.

Imagens de diários famosos:
Diários de Susan Sontag
Os diários de Sylvia Plath
Diários e cartas (Katherine Mansfield)
Florbela cartas e diários
Diário de Lucio cardoso
Diáario de Virginia wolf
Diário de Frida kahlo
Quarto de despejo (Carolina de Jesus).

De Josué Montello
Diário da tarde
Diário do entardecer
Diário da noite iluminada








Vídeos acerca da obra de Carolina de Jesus






Manuel Bandeira fala deste diário em uma de suas poesias

                       Trailer do filme As Horas baseado na vida de Virginia Woolf
                              http://www.youtube.com/watch?v=he8cR7skklA
                                                                                                                                                                                                                    

                   http://www.verdestrigos.org/sitenovo/site/cronica_ver.asp?id=425

                           
                                      
Fonte:

CALDERÓN, Amélia Cano. El Diário en la literatura: estudio de su tipología.

MACIEL, Sheila Dias. A Literatura e os gêneros  confessionais.

SOUTO, Marcio Henrique; Suliman, Sara da Silva. Diário íntimo: fonte de pesquisa e instrumento pedagógico.

/

LITERATURA DE VIAGEM




LITERATURA DE VIAGEM
A literatura de viagem é uma memória das experiências de um autor visitando um local.
Na literatura de viagem existe uma coerência narrativa ou estética, diferente dos diários de viagem ou diários de bordo, que se caracterizam pelo simples registro de datas e evento.
Esta literatura, baseada em relatos de viagens reais, pode também ser uma ficção, como acontece em As Viagens de Gulliver de Jonathan Swift.
Entre os muitos exemplos famosos de literatura de viagem estão As Viagens de Marco Pólo, ou a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto.

REGISTROS

A Epopéia de Gilgamesh - uma das primeiras obras da literatura. Os poemas mencionam as proezas e desventuras de Gilgamesh, rei de Uruk, na Mesopotâmia (atual Iraque). Estes escritos foram compilados em VII a. C. pelo rei Assurbanipal e antecedem em pelo menos 1500 anos os textos de Homero da Grécia.

Antiguidade
Odisséia (Homero), Eneida(Virgílio), Histórias (Heródoto).

Anábase - relato de Xenofonte, um general grego, sobre sua viagem pela atual turquia.


Odisseia é um dos dois principais poemas épicos da Grécia Antiga, atribuídos a Homero

É, em parte, uma sequência da Ilíada (obra existente da literatura ocidental, tendo sido escrita provavelmente no fim do século VIII a.C., em algum lugar da Jônia, região da costa da Ásia Menor então controlada pelos gregos, e atualmente parte da Turquia).

O poema relata o regresso do protagonista, um herói da Guerra de Troia, Odisseu (ou Ulisses, como era conhecido na mitologia romana). Odisseu leva dez anos para chegar à sua terra natal, Ítaca, depois da Guerra de Troia, que também havia durado dez anos.

Em português, bem como em diversos outros idiomas, a palavra odisseia passou a referir qualquer viagem longa, especialmente se apresentar características épicas.

Eneida - Conta a saga de Eneias, um troiano que é salvo dos gregos em Troia, viaja errante pelo Mediterrâneo até chegar à península Itálica. Seu destino era ser o ancestral de todos os romanos.

Virgílio terminou de escrever Eneida em 19 a.C.. A obra está "completa" mas não está ainda "pronta" segundo o seu criador. Virgílio gostaria ainda de visitar os lugares que aparecem no poema e revisar os versos dos cantos finais. Mas adoeceu e, às portas da morte, pediu a dois amigos que queimassem a obra por não estar ainda perfeita. O grande poema, , não foi destruído.

Idade Média
As Viagens de Marco Polo

(Marco Polo (Veneza, 15 de setembro de 1254 – Veneza, 9 de janeiro de 1324) foi um mercador, embaixador e explorador. Nasceu na República de Veneza.

Em plena Idade Média (1271), esse jovem mercador realiza uma viagem ao longo da Rota de Seda até a China, chamada por ele de Cathay (norte da China e Manji (Sul da China).

A Ásia na época era dominada pelas dinastias mongóis herdeiras do grande Gengis Khan, que fora Senhor da Ásia.

O relato detalhado das suas viagens pelo oriente, incluindo a China, foi durante muito tempo uma das poucas fontes de informação sobre a Ásia no Ocidente.

Essa narrativa de viagem, que durou 24 anos ao longínquo Oriente e encantou a muitos durante séculos, teve sua autenticidade confirmada no século XIX, quando estudiosos confrontaram-na com fontes chinesas e confirmaram o valor de suas informações. O itinerário seguido por Polo, foi feito por Paul Pelliot que, entre 1906 e 1908, exploraria a Ásia central e, particularmente, os oásis que marcavam as etapas da rota da seda. Marco Polo passou de contador de histórias fantásticas a pesquisador.

Dividida em quatro livros As Viagens de Marco Polo foi ditada pelo navegador a um escritor de romances, Rusticiano de Pisa (Rustichello da Pisa), , enquanto esteve preso por três anos em Gênova, entre 1298-1299.

Divisão do Livro As Viagens de Marco Polo

Livro 1 - Descreve as terras do Oriente Médio e Ásia Central ao longo do seu caminho.


Livro 2 - Descreve a China e o tribunal de Kublai Khan.

Livro 3 - Descreve algumas regiões do leste: Japão, India, Sudeste Asiático, e costa leste da Àfrica.

Livro 4 - Descreve algumas guerras entre os Mongóis e algumas regiões do Norte, como a Rússia.

Foi um livro de raro sucesso em uma época anterior à impressão.

Os livros foram traduzidos em latim, em 1315, pelo rei Francisco Pipino.

Em 1471, depois de traduzidos em várias línguas, foram impressos. Os manuscritos originais foram perdidos.

A primeira tradução portuguesa impressa surgiu em 1508, com o título Livro de Marco Polo.

Marco Polo morreu em 1324, com 69 anos. Em sua agonia, Marco teria afirmado que todos os detalhes de seu livro eram exatos e que não tinha contado nem a metade do que havia visto.

Códice Calixtino (manuscrito do século XII, coletânea de textos de autores diversos, ilustrados com iluminuras sobre o Caminho de Santiago

A Carta de Pero Vaz de Caminha

Carta de Pêro Vaz de Caminha, é o documento no qual Pero Vaz de Caminha registrou as suas impressões sobre a terra que posteriormente viria a ser chamada Brasil. É o primeiro documento escrito da história do Brasil sendo, portanto, considerado o marco inicial da obra literária no país.

Escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, Caminha redigiu a carta para o rei D. Manuel I (1469-1521) para comunicar-lhe o descobrimento das novas terras. Datada de Porto Seguro, no dia 1 de Maio de 1500.

A carta conservou-se inédita por mais de dois séculos no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa. Foi descoberta em 1773 por José de Seabra da Silva, noticiada pelo historiador espanhol Juan Bautista Muñoz e publicada, pela primeira vez no Brasil, pelo padre Manuel Aires de Casal na sua Corografia Brasílica (1817).

Em 2005 este documento foi inscrito no Programa Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).


Renascença (Século XVI) - Era dos descobrimentos.

Voyages - Richard Hackluyt (1552-1616).
Relata as descobertas da Inglaterra em momento de expansão marítima.
Michel de Montaigne (1533-1592)- Journal de Voyage.
Relato de viagens pela Alemanha, Suiça e Itália.

1556 - Os Lusíadas (Camões).
A ação central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, descrevendo ao longo do poema outros episódios da história de Portugal e glorificando o povo português.

Século XIX
Viagens científicas  aliam literatura à ciência incluindo o estudo de novas paisagens com a fauna e a flora consideradas exóticas.
Viagens de um naturalista ao redor do mundo (Charles Darwin).
As anotações e observações dessa jornada foram fundamentais para elaboração das teorias da evolução de seleção natural.

Século XX (Apogeu- década de 70 e 80).
Grandes obras da literatura de viagem utilizaram personagens baseados em fatos reais:

O Turista aprendiz (Mario de Andrade).

Crônicas de viagem (1999) - Cecília Meireles.

Budapeste (Chico Buarque).

Mongólia (Bernardo de Carvalho).

O Olhar do turista (John Urry).

As cidade invisíveis (Italo Calvino).

As Viagens de Gulliver (Jonathan Swift).

No País dos Yanques (Adolfo Caminha).

Lisboa: o que o turista deve ver (Fernando Pessoa).
Guia de Ouro Preto ((Manuel Bandeira).
O Grande bazar ferroviário (Paul Theroux) - conta a viagem de trem feita por Paul através de Europa, Oriente, Indochina, Japão e Sibéria. O objetivo dessa viagem é o trem, a sensação da viagem por trilhos, por estações em cidades pequenas, o desfilar das paisagens pela janela e a diversidade cultural das regiões.

A Viagem do oriente - Le Corbusier - Anotações do arquiteto franco-suiço trazem registro de roteiros pouco conhecidos até hoje pelos Balcãs, Atenas e Istambul. Descreve paisagens desconhecidas e insólitas.

Europa: Reportagens apaixonadas (Ronny-hein) - escritos sobre o continente europeu.

Parati, entre dois polos (Amyr Kink) anotações de bordo do navegador. Kink atravessou 50 mil quilômetros até chegar à Antárdida e às geleiras do Ártico.

Diários de bicicleta(David Byrne)  - A experiência de pedalar sobre duas rodas em metrópolis como Berlim, Nova York, Buenos Aires e Istambul.

A Incrível viagem de Shakleton (Alfred Lansing)

Caderno de viagem de Debret (Júlio Bandeira) - Registro de cenas, pessoas e costumes pontuam esta edição fac-símile do caderno de viagens do pintor francês Jean-Baptiste- Debret. Além de mostrar a elite do Rio de Janeiro no século XVII, apresenta um quadro permeado por uma população brasileira que era aos olhos do europeu bastante exótica.





Diário de Viagem ( Alberto Camus) - Publicado na França em 1978, a publicação traz os relatos do filósofo existencialista em relação aos EUA e À América do Sul (1949), com uma passagem inclusive no Brasil. No Brasil encontra-se com intelectuais, artistas e escritores e faz observações sobre eles e o país.




A Casa do califa: um ano em Casablanca (Tahei Shah) - a compra e a reforma de uma mansão no Marrocos é o mote para a narrativa.

Israel em Abril (Érico Verissimo)- Em companhia de sua esposa o escritor relata sua passagem em 1969 no novo Estado, levantando questões acerca do futuro de uma cultura que se torna uma civilização.

Gato preto em campo de neve (Erico Verissimo).

A volta do gato preto (Erico Verissimo).

As Crônicas do Brasil (Rudyard) - contém impressões do autor sobre o Brasil e o povo brasileiro.

O verde violentou o muro ( Inácio de Loyola Brandão). Berlim antes e agora.

Mar sem fim (Amyr Klink).

Bahia de todos os Santos (Jorge Amado).

Viagens(Rubens Matuck).

Comer, rezar, amar (Elizabeth Gilbert).

Mar sem fim (Amyr Klink).

Capitão Cook & a exploração do pacífico (Roger Morris).

Da Europa aos Himalaias ao volante (Adolpho Justo Bezerra de Menezes).

Perdido no mapa: mais de mil e um cantos do mundo onde me atirei ( Mauro do Amaral Arantes).

Marinheiro de primeira viagem (Osman Lins)

Autores que escreveram sobre Exílio e Literatura :

Ovídio, Thomas Mann; Victor Hugo; Joseph Brodsky;


Romance de viagem ou literatura nômade:

On The road  (Jack Kerovac);
http://pt.wikipedia.org/wiki/On_the_Road_(filme)

Lolita (Vladimir Nabokov).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lolita_(1962)

Viagem pela américa (Ernesto Che Guevara).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1rios_de_Motocicleta

Diários de bicicleta (David Byrne)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1rios_de_Bicicleta


Fonte:
wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marco_Polo


Veja  links e dicas de livros  sobre esse gênero:


Links sobre As Viagens de Marco Polo













A literatura de viagem como fonte da história social

Colóquio sobre literatura de viagens

segunda-feira, 1 de abril de 2013

ESCRITORES ANIVERSARIANTES MÊS DE ABRIL

HILDA HILST (21/04/1930 - 04/02/2004)

1950 - Presságio;

1951 - Balada de Alzira;

1959 - Roteiro do silêncio
           Trovas de muito amor;
           Para um amado senhor;

1961 - Ode fragmentária;

Sete cantos do poeta para o anjo - Prêmio Pen Club de São Paulo;

1966 -  mora na  Casa do Sol  até sua morte em 2004, hoje Instituto Hilda Hilst, aberta para visitas e pernoites.

http://www.campinas.com.br/cultura/2011/12/casa-do-sol-onde-funciona-o-instituto-hilda-hilst-e-tombada-em-campinas


http://www.hildahilst.com.br.cpweb0022.servidorwebfacil.com/obras.php?categoria=4&id=7

1967 - A Promessa;
           O Rato no muro;
           Poesia;
1969 -  O Verdugo (Prêmio Anchieta);
             A Morte do patriarca;

1970 - Fluxo - Floema;

1974 - Júbilo, noviciado da paixão;

1977 - Ficções - (melhor livro do ano pela APCA);

1980 - Poesia ;
            Da morte, odes mínimas;
           Tu não te moves de ti;

1982 - A Obscena senhora D;

1983 - Cantares de perda e predilecção (Prêmio Jabuti e Cassiano Ricardo);

1991 - Cartas de um sedutor;
            O Caderno rosa de Lory Lamby;

1992 - Antologia poética - Do Desejo;
                                           Bucólicas;

1993 - Rútilo nada;
            Qadós;

1994 - Contos de escárnio;
            Textos grotescos;

1995 - Cantares do sem nome e partidas;

1997 - Estar sendo; Ter sido;

1998 - Cascos e carícias: crônicas revistas;

1999 - Antologia do amor;

2000 - Teatro reunido v. 1;

2002 - Prêmio Moinho Santista - categoria´poesia..


"Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha
Objeto de amor, atenta e bela"
                               Hilda Hilst


                                                        ***



ALUÍZIO DE AZEVEDO
(14/04/1857 [Sao Luís]- 21/01/1913[Buenos Aires])

Considerado o pioneiro do naturalismo no Brasil

Obras:

Uma Lágrima de mulher (1880);
O Mulato (provocou escândalo na época de seu lançamento);

Casa de pensão (consagração);
O Cortiço (obra mais importante);
Condessa Vésper;
Girândola de amores;
Filomena Borges;
O Coruja;
O homem;
O Esqueleto;
A Mortalha de Alzira;
O Livro de uma sogra;

Fundador da cadeira n. 4 da Academia Brasileira de Letras.

Ao entrar para a carreira diplomática abandonou a produção literária.

Faleceu em Buenos Aires.

                                            ***

                     
MANUEL BANDEIRA
(19/04/1886 - 13/10/1968)

1912 - Escreve seus primeiros versos livres;

1913  - Embarca para o sanatório de Clavadel (Suíça), a fim de se tratar de uma  tuberculose. Em virtude da eclosão da Primeira Guerra Mundial volta ao Brasil. Conhece lá Paul Éluard e Gala (que  casaria depois com Salvador Dali);

1917 - Cinza das horas (edição de 200 exemplares custeadas pelo autor)

1919 - Carnaval (desperta entusiasmo entre os modernistas);

1921 - Conhece Mário de Andrade numa reunião na casa de Ronald de Carvalho no Rio de Janeiro;

Na Semana de Arte Moderna Ronald de Carvalho lê o poema "Os Sapos" do livro Carnaval.

1924 - Poesias (reune A cinza das horas e Carnaval)
           Ritmo dissoluto;

Colabora com crônicas semanais no Diário Nacional de São Paulo e na Revista de Antropofagia;

1930 - Libertinagem;

1936 - Estrela da manhã;
           Crônicas da província do Brasil;

1937 -  "Prêmio da Sociedade Felipe de Oliveira" pelo conjunto da
            obra.
             Poesias escolhidas;
            Antologia dos poetas brasileiros da fase Romântica;

1938 - Antologia dos poetas brasileiros da fase parnasiana;
            Guia de Ouro Preto;

1940 - Eleito para Academia Brasileira de Letras;
            Poesias completas;
           Noções de história das literaturas;

1946 - Apresentação da poesia brasileira;
            Antologia dos poetas brasileiros bissextos  contemporâneos; 

1949 - Literatura  Hispano americana;

1951 - Opus 10;

1954 - Itinerário de Pasárgada;

1958 - De poetas e de poesias;
           Gonçalves Dias (Coleção Nossos Clássicos);

1966 - Comemoração de seus 80 anos;
            Estrela da vida inteira;
            Andorinha, Andorinha.

                              ****


LYGIA FAGUNDES TELLES
(19/04/1923 [São Paulo] - )

1931 - Escreve nas últimas páginas de seus cadernos escolares as histórias que irá contar nas rodas domésticas;

1938 - Porão e sobrado  (Contos) - edição paga pelo pai.
1944 - Praia viva;
1941 - O cacto vermelho;
1952 - Ciranda de pedra;
1962 - Verão no aquário;
            As meninas;
1964 - Histórias escolhidas;
           O Jardim selavagem;
1970 - Antes do baile (Prêmio Internacional Feminino para estrangeiros, na França);
1973 - As Meninas (Todos os prêmios literários importantes no país - Coelho Neto(ABL) e
                 Jabuti (CBL);
1977 - Seminário de ratos;
1991 - A Estrutura da bolha de sabão;
1982 - Eleita para Academia Paulista de Letras;
1985 - Eleita para Academia Brasileira de Letras;
1989 - As Horas nuas(Comenda Português Dom Infante Santo);

1990 - Seu filho Godoffredo Neto, realiza o documentário "Narrarte" sobre sua vida e obra;

1995 - A Noite escura e mais eu (melhor livro de contos pela Biblioteca Nacional e Prêmio Jabuti);

1996 - Estréia do filme "As Meninas" baseado em seu romance;

2001 - Invenção e memória ("Prêmio Jabuti" categoria ficção;
           Título de "Doutora Honoris Causa" pela UNB;

2005 - "Prêmio Camões" (O mais importante da literatura em língua portuguesa)
 

                                              ****


MONTEIRO LOBATO

Nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo no ano de 1882;

Precursor da literatura infantil no Brasil;

Primeiros contos foram publicados em jornais e revistas e reunidos posteriormente em Urupês.

Tornou-se editor numa época em que os livros brasileiros eram editados em Paris e Lisboa.

Dedicou-se a um estilo de escrita com linguagem simples e cheia de fantasia;

Personagens mais conhecidas  da obra O Sítio do Pica Pau amarelo:

 Emília - uma boneca de pano com sentimentos e idéias independentes;
Pedrinho;
Visconde de Sabugosa (espiga de milho que tem atitudes de adulto);
Saci Pererê;

Escreveu outras obras infantis:

A Menina do nariz arrebitado;
Fábulas do marquês de rabicó;
Reinações de narizinho;
Emília no país da gramática;
Memórias da Emília;
........

Algumas  obras para adultos:

O Presidente Negro
Negrinha;
O Choque das raças;
A Barca de Gleyre;
Cartas de amor;
Escândalo do Petróleo (demonstra nacionalismo posicionando-se favorável a exploração do Petróleo apenas por empresas brasileiras,

Morreu no ano de 1948.

Fonte: wikipédia

****


MARGUERITE DURAS (Pseudônimo de  Marguerite Donnadieu)
(04/04/1914 [Gia Dihn (Vietnã)] - 03/05/1996[Paris])

1918 - a mãe de Duras, após ficar viúva consegue uma pequena concessão de terra no Camboja (colônia francesa na época), o terreno era incultivável e a família perde quase tudo com a chegada das enchentes. É a respeito dessa época a obra:

Barragem contra o pacífico (1950);

Aos 18 anos muda-se para Paris para concluir os estudos;

1939 - casa-se com o poeta Robert Antelme;

Toma parte na Resistência Francesa à invasão nazista;

Maio de 1968 - Participa da ação revolucinária de estudantes e escritores da Sorbone .

Obras de maior destaque:



O Deslumbramento (1964);

O Amante (1984) - prêmio Goncourt ( o mais importante da literatura francesa);

A Dor (1985);

CINEMA

Depois Hiroshima Mon Amour (1960), passou a dirigir seus próprios roteiros cinematográficos. 

Trabalhos mais importantes para o cinema:

Nathalie Granger (1972);
Son Nom de Venise dans Calcuta Désert (1976)

***

ZOLA (02/04/1840[Paris] - 28/09/1902)

Foi o fundador e o principal representante do movimento literário
naturalista.

Inspirado na filosofia positivista e na medicina da época dizia que a realidade deve ser descrita de maneira objetiva, por mais sórdidos que possam parecer alguns aspectos.

Obras:

A Taberna (1876);
Nana (1880) - atmosfera de degeneração e fatalismo;

Germinal (1885) - descrição das más condições de vida numa comunidade de mineradores destaca a opressão social como responsável pela paralisação moral da humanidade;

As Três cidades (1894- 1898);
Os Quatro evangelhos (1899-1902);

Manteve nestes dois livros a violência dos trabalhos anteriore.

Émile Zola e sua mulher morreram em Paris, asfixiados pelo monóxido de carbono de um acidente com uma chaminé.
[
****


HENRY JAMES (15/04/1843 [Nova York] -28/02/1916[Londres])

Obras: Três etapas:

 Etapa 1 - 1870:
Roderick Hudson (1876)
The American (1877)
Daisy Miller (1879)
Retrato de uma senhora (1881) - tema: confronto entre o novo mundo com os valores do novo continente.

Etapa 2 - 1885 - 1890
Três novelas de conteúdo social - histórias sobre reformadores e revolucionários que revelam influência naturalista.

The Bostonians (1886)
The Princess Casamassima (1886)
The Magic Muse (1889)

Etapa 3 -1890 - 1895
Sete obras de teatro das quais duas foram encenadas com pouco êxito.

Volta à narrativa
A Morte do leão(1894)
The Coxon  Fund (1894)
The Next time(1895)
What Maisie Knew (1897)
A Volta do parafuso (1898)

Última etapa (considerada por críticos como a mais importante por explorar o complexo funcionamento da consciência humana

The Beast in the Jungle (1903)
The Great Good Place (1900)
The Jolly Corner (1909)

As Asas da pomba (1902)
Os Embaixadores (1903)
A Taça de ouro (1904)

Deixou inúmeros ensaios sobre viagens, críticas literárias, cartas e três obras autobiográficas.

****


ANATOLE FRANCE
(16/04/1844 [Paris]- 13/10/1924[Saint-Cyr-sur-Loire)

Escritor francês
Bibliotecário e crítico literário de sucesso.
Prêmio Nobel de Literatura em 1921.
Membro da Academia Francesa em 1896;

Obras:
1881 - O Crime de Silvestre Bonnard;
1891 - Taís;
1908 - Vida de Joana d´Arc;
            A Ilha dos Pinguins;
1912 - Os Deuses tem sede;

Sua obra foi posta no índex, por criticar a sociedade e a igreja.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Index_Librorum_Prohibitorum

                                       ***


DANIEL DEFOE

1660 [LONDRES]-24/04/1731)

OBRAS

Robinson Crusoé(1719)
Narra a história de um náufrago e sua luta pela sobrevivência numa ilha deserta.
É um dos livros de aventura mais lidos da literatura universal.

Venturas e desventuras da famosa Moll Flandres
Romance realista inspirado no romance picaresco dos aventureiros e prostitutas do início do século XVIII.

Seus histórias são narradas em primeira pessoa com uma riqueza de detalhes que as torna verossímeis.

                                 ***


CHARLES BAUDELAIRE
(9/04/1821[Paris] - 31/08/1867)

Foi um dos maiores poetas franceses. considerado antecessor do parnasianismo ou um romântico exacerbado.

Pioneiro da linguagem moderna, impôs à realidade uma submissão lírica.

Obras

Introduziram elementos novos na linguagem poética, misturando opostos existenciais com sublime e o grotesco.


1847 - La Fanfarlo (seu único romance, novela autobiográfica).

1858 - As Flores do mal
(todos os envolvidos com o livro foram processados por obscenidade e blasfêmia. Além de pagarem multa foram obrigados a retirar seis poemas do volume original (publicados em edições póstumas).

1869 - Pequenos poemas em prosa (póstumos).

Ensaio
1876 - O Princípio poético ;

Nos seus diários revela-se profético e radical contestador da civilização moderna.

1852 - 1865 - traduz os textos do poeta e contista norte-americano Edgar Allan Poe.

"Todo homem saudável consegue ficar dois dias sem comer - sem poesia, jamais".