terça-feira, 7 de maio de 2013

GÊNERO EPISTOLAR

A arte epistolar visava mostrar pelas cartas o ânimo do escritor para alguém.
Tipos
Elevadas (públicas) -Papas, Imperador; Rei.
Medianas - Sacerdotes; Burgueses; Governo.
Humildes - família; amigos; galanteios.
A epístola podia ser oficial ou familiar, porém era concebida desde o começo como arte ´para ser colecionada.
Para Cícero o gênero epistolar era um dialogo entre ausentes.
Para Poliziano Tasso,  metade de um diálogo.
Para Erasmo e Vives,  produção letrada apta para ser colecionada.
Para os cortesãos - ação praticada e esperada do homem cortês do séc. XVI e XVIII.

ANTIGUIDADE
Aristóteles 
"Se o pensamento se mantivesse por si mesmo nao haveria necessidade de discursos".
Poética - Aristóteles;
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2235
As cartas de Cícero à Ático descobertas em 1345 por Petrarca foram modelos de epístolas familiares dos séculos seguintes.
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADcero
Epístolas de São Paulo (Acervo Santa Catilina);
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%ADstolas_paulinas
Cartas fictícias -  Platão;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o
Poéticas de Ovídio;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ov%C3%ADdio;
http://catalogo.bnportugal.pt/ipac20/ipac.jsp?profile=bn&source=~!bnp&view=subscriptionsummary&uri=full=3100024~!1258867~!2&ri=1&aspect=subtab13&menu=search&ipp=20&spp=20&staffonly=&term=lus%C3%83%C2%ADadas&index=.TW&uindex=&aspect=subtab13&menu=search&ri=1#focus;
http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/encontradas-em-roma-obras-que-inspiraram-ovidio.
Torquato Tasso - cartas poéticas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Torquato_Tasso

IDADE MÉDIA
Formulários medievais.
Esperanças de Portugal - Pe. Antonio Vieira (Escrita do Maranhão à rainha D. Luisa de Gusmão por meio de seu confessor Pe. José Fernandes a qual deu origem ao seu processo inquisitorial.

SÉCULO XVI e XVII
A redação de cartas era vista como uma arte, a qual eram aplicadas os preceitos da antiga oratoria.
O gênero epistolar era uma ação cortesã praticada e esperada do homem cortês.
Era escrita em primeira pessoa.
Pieere Fabri - pregador normando;
Erasmo de Roterdã (Famigerado)
Luís  Vives

Santo Agostinho - Cidade de Deus e cartas aos amigos.

Obras renascentistas
Cartas ao leitor antecedem as obras (poesia etc)
Virgílio - Eneida; Geórgicas e Bucólicas.

QUINHENTISTAS
Escritores se retiram da corte para uma quinta.
Cartas em poesia de Sá de Miranda(Cerca de 1550).

Filosofia
Sêneca
Epístolas a Lucílio
Torquato Tácito - Cartas poéticas.

Fonte
MUHANA. Adma Fadul - O Gênero epistolar: diálogo per absentiam.
Lawrance, J. N. H. Literatura en la época del Emperador. Salamanca,Universidade de Salamanca, 1988.
MELLO, F. M de. Cartas familiares.

Século XX (Apogeu década 70 e 80)
http://www5.usp.br/13135/cartas-entre-escritores-brasileiros-trazem-jogo-de-seducao-intelectual/

Correspondências do Eça de Queiroz;
Cartas (Graciliano Ramos)
Cartas a Heloisa (Graciliano Ramos)

Correspondência incompleta (Ana Cristina César)
Florbela (Correspondência)
Cartas para o coração - Fernando Sabino
Minhas queridas (cartas que Clarice lispector enviava às irmãs)
Cartas (Caio Fernando Abreu)
Cartas de Elizabeth Mitchel
Correspondência (Mário de Andrade e Manuel Bandeira)
O mundo de Sofia (correspondências que a personagem troca com o professor)
Aí vai meu coração - as cartas de Tarsila do Amaral e Ana Maria Martins Para Luís Martins.
LOBATO, Monteiro. A Barca de Gleyre e Cartas de Amor
Cartas a Nelson Algren - Um amor transatlântico (Simone de Beauvoir)
http://veja.abril.com.br/310500/p_159.html

Cartas de familia
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/cartas-postais-fotos-e-diarios-vao-ajudar-a-contar-a-historia-da-emigracao-portuguesa-1623447

Estudos sobre cartas
https://www.google.com.br/search?sclient=psy-ab&site=&source=hp&q=Modelos+de+ep%C3%ADstolas+do+portugues+anterior+ao+sec+XIX&oq=Modelos+de+ep%C3%ADstolas+do+portugues+anterior+ao+sec+XIX&gs_l=hp.12...3160.19145.0.20622.54.41.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1c.1.64.psy-ab..54.0.0.0.r4Zt4lIUdDY&pbx=1&bav=on.2,or.&bvm=bv.105841590,d.Y2I&biw=1280&bih=878&dpr=1&ech=1&psi=kIguVrmqNYaAwgSI2a3gDA.1445890190784.3&ei=kIguVrmqNYaAwgSI2a3gDA&emsg=NCSR&noj=1&safe=active

Gabriel Garcia marquez

Gabriel Garcia marquez

Escritor, jornalista e editor colombiano.

Recebeu o Nobel de Literatura de 1982, por sua obra.

Criou o Realismo Mágico na literatura latino-americana.

Obras:
La Hojarasca( O enterro do diabo) - [1955];
Memória dos prazeres
Relato de um náufrago - conta a história verídica de um naufrágio ;
A sesta de terça feira;
Ninguém escreve ao coronel(1961);
Os funerais da mamae grande
Má hora: o veneno da madrugada
Cem anos de solidão (1967);
A última viagem do navio fantasma;
Entre amigos;
A incrível e triste historia de Cândida Eréndira e sua avó desalmada;
Um senhor muito velho com umas asas enormes;
Olhos de cão azul;
O outono do patriarca;
Como contar um conto(1947-1972);
Crônica de uma morte anunciada(1981);
Textos do Caribe;
Cheiro de goiaba;
O verão feliz da senhora Forbes;
O amor nos tempos do cólera(1985);
A aventura de Miguel Littin Clandestino no Chile;
O general em seu labirinto;
Doze contos peregrinos(1992);
Do amor e outros demônios(1994);
Notícia de um sequestro;
Obra periodística: Textos andinos;
Obra periodística 3: Da Europa e América;
Memória de minhas putas tristes;
Obra jornalistica5: crõnicas, 1961-1984;
 Ninguém escreve ao coronel(1961);
 Crônica de uma morte anunciada;
O amor nos tempos do cólera;
Cem anos de solidão(1967) - narra a história da família Buendia na cidade fictícia de Macondo desde sua fundação até a sétima geração. Exemplo´do denominado Realismo Fantástico(realidade e fantasia).

Autobiografia
Viver para contar;

Prêmios e condecorações:

Prêmio de novela ESSO por "má hora: o veneno da madrugada(1961)
Doutor Honoris causa da Universidade de Columbia Nova York (1971)
Medalha da legião francesa em paris (1981)
Condecoração Águila Azteca  no México(1982)
Nobel de literatura (1982)
Premio quarenta anos do Circulo de jornalistas de Bogotá (1985)
Membro honorário do Instituto Caro y Curvo em Bogotá (1993)
Doutor Honoris causa da Universidade de Cádiz (1994)



21 LIVROS DE FERNANDO PESSOA PARA LER OU BAIXAR

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ResultadoPesquisaObraForm.do?co_autor=&co_categoria=2&co_idioma=&co_midia=2&co_obra=&colunaOrdenar=DS_TITULO&ds_titulo=&first=50&no_autor=Fernando%20Pessoa&ordem=null&pagina=1&select_action=Submit&skip=0

quarta-feira, 1 de maio de 2013

ESCRITORES QUE ANIVERSARIAM NO MÊS DE MAIO

ADOLFO FERREIRA CAMINHA
(29/05/1867 [Aracati - CE] - 1/01/1897 [Rio de Janeiro])

Um dos principais autores do Naturalismo (Realismo exagerado) no Brasil.
http://www.infoescola.com/literatura/naturalismo/

Foi colaborador dos jornais Gazeta de Notícias e Jornal do Comércio. Fundou o semanário Nova Revista.

Morreu aos 29 anos.

Obras
Vôos incertos (1886) - poesia;
Judite (1887) - contos;
Lágrimas de um crente (1887) - contos
A Normalista (1893) -  romance em que traça um quadro pessimista da vida urbana;
No País dos Ianques (1894) - usa suas experiências e observações de uma viagem que havia feito aos Estados Unidos em 1886.
Bom crioulo (1895) - provoca escândalo ao abordar a questão da homosexualidade. É considerado pelos críticos o primeiro escritor brasileiro  a eleger esse assunto.
Cartas literárias (1895);  
Tentação (1896);
Ângelo  ( romance inacabado). 
O Emigrado (romance inacabado).

Artigo sobre Cartas literárias
http://www.pucsp.br/revistafronteiraz/download/pdf/Artigo20-LeonradoMendes-versaofinal.pdf

Fonte
COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global.

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ALCÂNTARA MACHADO
(25/05/1901 [São Paulo - 14/04/1935[Rio de Janeiro])

Jornalista, político e escritor brasileiro.
Foi co-editor da Revista de Antropofagia fundada por Oswald de Andrade.

Obras
Pathé-Baby (1926) - romance;
Brás, Bexiga e Barra Funda (1927) - (contos);
Laranja da china (1928) - contos;
Mana Maria (inacabado) - romance;
Cavaquinho e saxofone (1940, póstumo) - crônicas e ensaios;
Contos avulsos (1961, póstumo) - contos.

Brás, Bexiga e Barra Funda - trata do cotidiano e costumes dos imigrantes italianos e dos ítalo-descendentes que habitavam os bairros periféricos da cidade de São Paulo,  numa linguagem próxima da coloquial, fazendo surgir assim um novo tipo de personagem na literatura brasileira: o ítalo-brasileiro.

http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/a00003.htm

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JOSÉ DE ALENCAR
(01/05/1829 [Mecejana -Fortaleza] - 12/12/1877 [Rio de Janeiro)

A obra de José de Alencar pode ser dividida em dois grupos:

Espaço geográfico

Sertão do nordeste:
O sertanejo
Litoral cearense:
Iracema
O pampa gaúcho:
O Gaúcho
Zona rural
Til(interior paulista)
O tronco do ipê (zona da mata fluminense)
A cidade - sociedade burguesa do Segundo Reinado (séc. XIX)
Diva; Lucíola; Senhora

Evolução histórica

Antes  de Cabral
Ubirajara
Formação da nacionalidade
Iracema; O guarani
Ocupação do território, colonização e sentimento nativista
As minas de prata (bandeirismo); Guerra dos mascates (rebelião colonial)
Vida urbana - burguesia fluminense do séc. XIX
Diva, Lucíola; Senhora.

O índio é visto em três etapas:
Antes do contato - Ubirajara
Branco convivendo no meio índígena - Iracema branco - O guarani


Teatro

O crédito (1857)
Verso e reverso (1857)
O Demônio familiar (1857)
As asas de um anjo (1858)
Mãe (1860)
A expiação (1857)
O Jesuíta (1875)

Crônica
Ao correr da pena

Autobiografia
Como e por que sou um romancista(1873)

Crítica e polêmica
Cartas sobre a confederação dos tamoios(1856)
Ao imperador: cartas políticas de Erasmo e Novas cartas políticas de Erasmo(1865)
Ao povo: cartas políticas de Erasmo (1866)
O sistema representativo (1866)

Romances
Cinco minutos (1856)
A viuvinha (1857)
O guarani (1857)
Lucíola (1862)
Diva (1864)
Iracema (1865)
As minas de prata (1866)
O gaúcho (1870)
A pata da gazela (1870)
O tronco do Ipê  (1871)
Guerra dos mascates (1871)
Til (1871)
Sonhos d'ouro (1872)
Alfarrábios (1873)
Ubirajara (1874)
O seranejo (1875)
senhora (1875)
Encarnação (1893)


            ***

Nélida  Piñon
(03/05/1937 [Rio de janeiro] - )

Primeira mulher a se tornar presidente da Academia Brasileira de Letras entre 1996 e 1997.

Sua obra já foi traduzida em vários países e já recebeu vários prêmios ao longo de 35 anos de atividade literária.

Obras

Guia -mapa de Gabriel Arcanjo (1961)
Madeira feita de cruz (1963)
Fundador (1969)
A casa da paixão (1977)
Tebas do meu coração (1974)
A força do destino (1977)
A República dos sonhos (1984)
A doce canção de caetana (1987)
Vozes do deserto (2004)

Memórias
Coração andarilho (2009)

Contos
Tempo das frutas (1966)
Sala de armas (1973)
O calor das coisas (1980)
O pão de cada dia: fragmentos (1994)
Cortejo do Divino e outros contos escolhidos (2001)


Crônicas
Até amanhã, outra vez (1999)

Infanto-juvenil
A roda do vento (1996)

Ensaios
O presumível coração da américa (2002)
Aprendiz de Homero (2008)
O ritual da arte (inédito)