quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

EUCLIDES DA CUNHA

(20/01/1866 [cantagalo-RJ] - 15/08/1909)


Foi escritor, repórter jornalístico, historiador, geógrafo e engenheiro.

Durante a fase inicial da Guerra de Canudos, em 1897, Euclides escreveu dois artigos intitulados
"A nossa vendéia" que lhe valeram um convite do Estado de São Paulo para presenciar o final do conflito
como correspondente.

Muitos republicanos consideravam que o movimento de Antonio Conselheiro tinha a pretensão de restaurar a monarquia.

Euclides deixou Canudos quatro dias antes do final da guerra, mas conseguiu reunir material para durante cinco anos elaborar o livro Os Sertões (1902).

Os Sertões foi escrito nos intervalos em que liderava a construção de uma ponte metálica em São José do Rio Pardo.

O livro trata da campanha de Canudos (1897), no nordeste da Bahia. Euclides percebe que o interior do Brasil é bem diferente da representação que dele se tinha.

O livro divide-se em três partes: A terra, O homem, A luta. Nelas Euclides analisa as características geológicas, botânicas, zoológicas e hidrográficas da região, a vida, os costumes, a religiosidade e narra os fatos ocorridos nas quatro expedições enviadas ao arraial liderado por Antonio Conselheiro.

Euclides se tornou internacionalmente famoso com a publicação dessa obra que lhe valeu vagas para a Academia Brasileira de Letras e Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.



CICLO AMAZÔNICO

1904- Nomeado chefe da comissão mista brasileiro-peruana de reconhecimento do Alto Purus, com objetivo de cooperar para a demarcação de limites entre o Brail e o Peru. Dessa experiência resultou a obra póstuma À Margem da história em que denuncia a exploração dos seringueiros na floresta.

Também dessa epoca escreveu o ensaio Peru versus Bolívia publicado em 1907.

Durante esta viagem escreveu o texto "Judas-Ahsverus", considerado filosófico e poético.

Após retornar da Amazônia, proferiu a conferência "Castro Alves e seu tempo".

Prefaciou os livros:
Inferno verde de Alberto Rangel;
Poemas e canções de Vicente de Carvalho.

Foi eleito em 21/09/1903 para a cadeira sete da ABL.

Tragédia

Anna de Assis (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ana_Em%C3%ADlia_Ribeiro)  esposa de Euclides,  tornou-se amante do tenente Dilermando de Assis, (http://pt.wikipedia.org/wiki/Dilermando_de_Assis), 17 anos mais jovem que ela. Ainda casada com Euclides teve dois filhos de Dilermando. Um morreu ainda bebê. O outro era chamado pelo escritor de " a espiga de milho no cafezal". A traição desencadeou uma tragédia em 1909 quando Euclides teria entrado na casa de Dilermando armado dizendo que estava disposto a matar ou a morrer. Dilermando reagiu e o matou. Foi julgado pela justiça militar e absolvido.
Dilermano casou-se com Ana. Essa união durou 14 anos.

O corpo de Euclides foi velado na Academia Brasileira de Letras.


Escola literária do escritor:

Pré-Modernismo e Modernismo.

Foi influenciado por:
Ernest Renan, Victor Hugo, Hippolyte Taine, Afonso Arinos, José de Alencar, Auguste Comte, Herbert Spencer, Castro Alves, Alexander Von Humboldt.

Euclides influenciou:
Monteiro Lobato, Graciliano Ramos, Gilberto Freire, Vicente de Carvalho, Alberto Rangel, Afrânio Peixoto, Darcy Ribeiro.


Fonte: wikipédia