terça-feira, 10 de janeiro de 2012

LITERATURA CEARENSE

Governador Sampaio (1812-1820)
1ª Fase- Oiteiros (1813-1814) - Castro e Silva, Costa Barros e Pacheco Espinosa
Imitação dos àrcades europeus (pouco poéticos) - homenagem a deuses, heróis e homens ilustres.

Romantismo Cearense
Dos Oiteiros até o aparecimento de Suspiros poéticos de Juvenal Galeno (1856) Lançado no RJ.
Juvenal Galeno esteve no Rio de Janeiro e por lá frequentou uma tipografia de Paula Brito, lugar de reunião de intelectuais por volta dos meados do séc XIX como Joaquim Manoel de Macedo, M. de Assis.

Gonçalves Dias passou por Fortaleza em 1859 e lendo alguns poemas de Juvenal Galeno aconselha-o a cultivar a poesia popular. Em 1906 ficou cego. Sua filha lia e escrevia seus versos ditados.

Poetas da Abolição

Puseram em versos a sua indignação contra os escravistas.
Barbosa de freitas
Justiniano de Serpa - Presidente do Estado (pseudônimo Jusser)
Antônio Bezerra

Romantismo
José de Alencar - Iracema; O sertanejo. (1865-1875)

Em 1860 termina o romantismo, surge o Clube literário com sua revista A Quinzena.

Academia Francesa (Davam aulas para os operários)
Questionava o pensamento filosófico da França.
Tomás Pompeu
Rocha Lima (foi colega de Rodolfo Teófilo e morreu com 23 anos) Fundou a Faculdade de Direito
Capistrano de Abreu (um dos maiores historiadores brasileiros)
Araripe Júnior

Jornal Fraternidade

Realismo (realistas - biológicos; naturalista - patológico)
Prosa
Oliveira Paiva - D. Guidinha do Poço (originais encontrados após 60 anos de sua morte).
Adolfo Caminha - O Bom Crioulo; A normalista (Fortaleza como palco do enredo).
Rodolfo Teófilo - (empreendeu campanhas contra doenças , varíola) - A Fome
Domingos Olímpio - Luzia homem (ajudou a construir a igreja de Sobral)

Poesia
Reproduzia a realidade. Poema Porangaba

Padaria Espiritual
Sociedade de rapazes de letras e artes. Seus sócios eram chamados de Padeiros e seu jornal O Pão. Antecipou-se ao movimento modernista. Condenava em suas obras qualquer nome de animal ou vegetal que não fosse brasileiro. Isso bem antes de Monteiro Lobato e da Semana de Arte Moderna.

Academia Cearense de Letras (15/08/1894)
Surgiu antes da Academia Brasileira de Letras

Modernismo
1ª fase - Jader de Carvalho - O Canto novo da raça
O Jaguaribe

Surgiu o Jornal O Povo intensificando a campanha com o suplemento Maracajá
Paulo Sarazate
Filgueiras Lima
Rachel de Queiroz
Jáder de Carvalho

2ª Fase Grupo Clã ( consolidou o modernismo no Ceará)
Otacílio Colares
Artur Eduardo Benevides (príncipe dos poetas cearenses)
Braga Montenegro (contista, crítico, novelista) - Uma chama ao vento
Moreira Campos - contista conhecido nacionalmente - Dizem que os cães vêem coisas;
Os doze parafusos
Patativa
Milton Dias - contista, cronista (Cursou Literatura Francesa na França)
José Alcides Pinto - Contista, romancista, poeta (crítico e humorista) conhecido como o poeta maldito.
Francisco Carvalho - (comparado a Drummond) - detentor de vários prêmios

Novos
Jader de Carvalho
Cid Carvalho
Horácio Dídimo
Martins Filho
Eduardo Campos
Fran Matins
Antonio Girão Barroso
Lúcia Fernandes Martins
João Clímaco Bezerra
Joaquim Alves

Década de 70
Claudio Martins
Durval Aires de Menezes
Pedro Paulo Montenegro
Sânzio de Azevedo

Contemporâneos
Roberto Pontes
Beatriz Alcântara
Giselda Medeiros
Virgílio Maia
Luciano Maia
Inês Figueiredo
Natércia Campos
Tereza Porto
Nilze Costa e Silva
Aírton Monte
Batista de Lima
Natércia Pontes
Tânia Lima
Pedro Lyra
Dimas Macedo

Fonte: Sânzio de Azevedo


O CONTO NO CEARÁ

Juvenal Galeno
Araripe Júnior
José de Alencar
Franklin Távora

1880 - Clube Literário (1887-1888)
Oliveira Paiva
Francisca Clotilde
José Carlos Júnior
Rodolfo Teófilo

Início Século XX
Gustavo Barroso
Herman Lima

O conto cearense só adquire qualidade artística após a guerra

O Grupo Clã ( Consolida o conto moderno no Ceará)
1940 revista clã (1943-)
Braga Montenegro - universalidade
Moreira Campos
Fran Martins
Eduardo Campos - mestre do conto psicológico
Lúcia Martins

Outros
Caio Porfírio Carneiro - preocupação mais com o tema do que a linguagem e a forma. Especialista da história curta breve.
José Alcides Pinto - fantástico. escabroso, inusitado.
Era mais poeta e romancista
Adepto do realismo fantástico posto ao lado de Murilo Rubião e José J. Veiga.
Juarez Barroso - mesma trilha. Dá ao conto um feitio mais jocoso ou tragicômico.

1970 - Novas formas de narrar, novas técnicas e desenhos de linguagem

Fase labiríntica (Carlos Emílio)
Enredo furtivo e poético - Airton Monte, Natercia Campos, Barros Pinho;

1975 - Revista O Saco (1975) - divulga o trabalho dos novos contistas.

1976 - Antologia de contos dos Novos escritores brasileiros (Queda de braço)
organizada por Glauco Matoso e Nilto Maciel

1979 - Grupo Siriará

1986 - Seara
Natércia Campos
Jorge Pieiro se destacou nacionalmente

A Nova Geração
1992 - O pão
1995 - Espiral (Revista)
1997 - Almanaque de contos cearenses
1999 - Literapia - Revista de Literatura da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores

Dimas Carvalho
Ronaldo Correia de Brito
1996 As noites e os dias
2003 Faça

1997 - Rinaldo de Fernandes - O caçador (50 composições com pouco mais de 5 linhas)
Pedro Salgueiro ( o fabuloso)
Tércia Montenegro - O vendedor de Judas
Ana Miranda - Noturnos (1999)
Dimas Carvalho (trabalha o fantástico)
Tércia Montenegro ( O maravilhoso)
Astolfo Lima Gandy - (o real)
Batista de Lima - (o regional)

Destaque
Rachel de Queiroz

Fonte: MACIEL, Nilto. O conto no Ceará. In: Discutindo Literatura. Ano 1 n. 6.